A Prefeitura de Fortaleza anunciou o início das obras para a implantação de uma ciclofaixa arborizada na Avenida Dom Luís, no bairro Aldeota. As intervenções começam na próxima segunda-feira (22) e têm previsão de conclusão até o final de novembro deste ano.
O projeto prevê a transformação da ciclofaixa já existente em uma ciclovia com canteiro arborizado, ampliando as faixas para 2,7 metros. A intenção, conforme a gestão municipal, é promover mais segurança, conforto e incentivo ao uso da bicicleta como meio de transporte e lazer na cidade.
Projeto para deixar ciclofaixa da Dom Luís arborizada deve ter investimento internacional
O investimento é de cerca de R$ 3,5 milhões, provenientes do programa internacional Bloomberg Initiative for Cycling Infrastructure, que visa melhorar a infraestrutura cicloviária em Fortaleza – única capital da América Latina contemplada pela iniciativa.
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A obra será realizada em blocos de três quarteirões, com bloqueios parciais das faixas da avenida, de modo a minimizar os impactos no trânsito. O projeto inclui ainda o plantio de árvores no canteiro central e a manutenção das entradas de garagens e estacionamentos.
A medida foi anunciada pelo prefeito Evandro Leitão nesta terça-feira (16), em encontro com empresários locais. Segundo ele, após a intervenção, será a vez de implantar o projeto na Avenida Coronel Carvalho, na Regional 1.
O chefe do Executivo municipal ainda falou sobre o tema em publicação nas redes, no mesmo dia. “As intervenções são de curta duração, sem fechamento de vias, com bloqueio apenas da faixa junto à ciclofaixa na Dom Luís e transformação das estruturas em ciclovias arborizadas, levando conforto térmico aos ciclistas e pedestres, além de rampas de acesso e melhorias na iluminação pública”, pontuou ele.
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Malha cicloviária
A rede cicloviária de Fortaleza teve crescimento exponencial ao longo dos últimos anos. Na década entre 2012 e 2022, foi registrado um aumento de 503% na malha.
Segundo dados da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), mais de 78% das infraestruturas cicloviárias existentes na Capital estão situadas em áreas periféricas com IDH baixo e muito baixo. Dentre os critérios de implantação são analisados os índices de acidentalidade, o volume de ciclistas, veículos e pedestres, além da capacidade e estrutura da via.
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De acordo com o Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP Brasil), levando em conta dados disponíveis até 2022, Fortaleza era a capital brasileira onde as pessoas vivem mais próximas à infraestrutura cicloviária, com mais de 51% dos habitantes morando a menos de 300 metros de alguma ciclovia, ciclofaixa, ciclorrota ou passeio compartilhado.
No Brasil como um todo, a proporção é de somente 1,9%, com 3,3 milhões de brasileiros vivendo em ruas com sinalização para a circulação de bicicletas — ciclovias, ciclofaixas ou ciclorrotas. Em mais da metade (54%) dos municípios brasileiros não foram registradas nenhuma rua com esse tipo de sinalização. Os dados são do Censo 2022.
No fim do ano passado, Fortaleza atingiu a marca de mais de 480 km de malha cicloviária, com a implantação de 2,8 km de novas ciclovias e ciclofaixas na Avenida Borges de Melo.
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