Fortaleza e a Região Metropolitana registraram, nas últimas 24 horas, a captura de 71 pessoas suspeitas de envolvimento com grupos criminosos, como parte de uma grande operação de repressão às ações de facções que promovem o terror em bairros da capital cearense. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), 52 prisões ocorreram apenas até às 20h30 desta terça-feira (16), resultado de ações integradas entre a Polícia Militar do Ceará (PMCE) e a Polícia Civil do Estado (PCCE), com apoio do setor de inteligência. Somadas às 19 prisões realizadas na segunda-feira (16), o total chega a 71 suspeitos conduzidos em um único dia, em resposta à escalada de violência registrada nas ruas.
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As capturas ocorreram em diversos bairros de Fortaleza, incluindo
- Planalto Ayrton Senna
- Mondubim
- José Walter
- Passaré
Além de cidades da Região Metropolitana, como:
- Pacatuba,
- Horizonte e
- Maracanaú
E municípios do interior, como:
- Canindé e
- Quixadá

Foto: Reprodução
Em publicação nas redes sociais, o governador Elmano de Freitas se pronunciou sobre a operação. “Mais de 50 criminosos envolvidos em facções presos pela nossa polícia já agora à noite. Maioria em Fortaleza. Prenderemos todos que queiram tirar a paz da população. Quanto mais tentarem desafiar, mais sentirão o braço forte da lei”, escreveu o chefe do Executivo estadual.
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As investigações apontam que os suspeitos têm ligação com crimes como associação criminosa, pichação e participação em organização criminosa, e estão sendo levados para a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), além de delegacias municipais e unidades regionais do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO). A ofensiva policial continua sem interrupções, com reforço no policiamento nas áreas mais afetadas.
Facções usam queima de fogos como aviso de domínio em bairros de Fortaleza
Desde a noite da última segunda-feira (15), moradores de Fortaleza e região metropolitana vêm relatando a ocorrência de queima de fogos de artifício em diversos bairros, em horários semelhantes e com intensidade incomum. A SSPDS investiga a ligação das ações com a disputa territorial entre facções criminosas rivais, que estariam usando os fogos como forma de marcar território ou demonstrar poder frente a grupos adversários.
Na segunda-feira, a queima teria sido coordenada por membros do Comando Vermelho, enquanto na terça-feira, foi a vez do Terceiro Comando Puro (TCP) reagir com sua própria exibição pirotécnica. O confronto entre os dois grupos criminosos teria motivado a escalada das ações, obrigando as forças de segurança a intensificarem as operações em áreas consideradas de risco.
As autoridades reforçam que qualquer tipo de participação ou apoio a esse tipo de ação será tratado com rigor, e que a população pode e deve colaborar com denúncias. Os canais disponíveis incluem o Disque-Denúncia 181, o WhatsApp (85) 3101-0181 e a plataforma digital de e-denúncia, com garantia de sigilo e anonimato.
A SSPDS reforça que o trabalho das forças de segurança seguirá com máxima intensidade nos próximos dias. O objetivo é conter a expansão das organizações criminosas, garantir a ordem pública e restabelecer a sensação de segurança para os moradores da capital e região metropolitana.
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