Durante um evento político realizado na manhã desta segunda-feira (8), em uma tapiocaria na Barra do Ceará, o deputado estadual Alcides Fernandes (PL) fez declarações polêmicas ao comentar sobre orações que pedem a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Pré-candidato ao Senado em 2026 e pai do deputado federal André Fernandes (PL), Alcides desaconselhou esse tipo de oração, afirmando: “Já orei foi muito, não dá certo”, em tom de brincadeira. A fala gerou risadas entre os presentes.
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A declaração foi feita em meio a um encontro da oposição ao governo de Elmano de Freitas (PT) e contou com a presença de diversas lideranças políticas locais, incluindo Roberto Cláudio (sem partido), Capitão Wagner (União Brasil), e parlamentares do PDT e União Brasil. Apesar do tom informal do evento, as falas de Alcides chamaram atenção pelo conteúdo controverso, principalmente pela naturalização de discursos que misturam religião e violência simbólica contra adversários políticos.
A pré-candidatura de Alcides ao Senado foi fortalecida após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarar publicamente seu apoio ao nome do deputado para representar a direita no Ceará nas eleições de 2026. A aliança reforça a influência da família Fernandes dentro do bolsonarismo local e amplia o alcance político do clã, especialmente entre os setores mais conservadores do estado.
O deputado também participou das manifestações de 7 de setembro em apoio a Bolsonaro, em Fortaleza, onde defendeu o projeto de anistia aos réus dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Segundo ele, a anistia representa a vontade do povo e seria uma expressão legítima da democracia. “Democracia é a vontade do povo. O povo vai às ruas para dizer ‘anistia já’”, disse Alcides.
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Sobre o julgamento de Bolsonaro e outros sete acusados no Supremo Tribunal Federal (STF), previsto para ser retomado nesta terça-feira (9), Alcides foi categórico ao dizer que se trata de um processo com “cartas marcadas”. Segundo o deputado, a base bolsonarista aguarda o desfecho com atenção e vê na anistia uma saída política viável. “Ninguém concorda com a prisão arbitrária do nosso ex-presidente”, argumentou.
Alcides Fernandes acredita que o projeto de anistia, atualmente em tramitação no Congresso Nacional, deve ganhar força com o apoio de partidos como União Brasil, PP e PL. “Agora vai ter anistia. Tenho certeza de que vai passar”, declarou, reforçando o discurso de mobilização da direita em torno do ex-presidente Bolsonaro e em defesa dos aliados políticos envolvidos nos ataques à democracia.
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