
O preço da soja segue em queda na bolsa de Chicago, enquanto a oferta permanece larga e a demanda se retrai. Os contratos da oleaginosa para novembro fecharam em baixa de 0,58% nesta sexta-feira (5/9), a US$ 10,27 o bushel.
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Nesse momento de pressão dias antes do início da colheita do grão nos EUA, a procura pela soja americana diminuiu, reforçando a tendência atual dos preços. As vendas líquidas do país chegaram a 818,5 mil toneladas na semana encerrada em 28 de agosto, abaixo das 1,37 milhão negociadas na semana imediatamente anterior, informou o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Diante da aproximação da colheita em solos americanos, as perspectivas para a safra do Brasil – maior exportador mundial de soja – favoreceram o movimento de queda.
A Safras & Mercado elevou para 180,92 milhões de toneladas a previsão para a colheita no Brasil no ciclo 2025/26, com elevação de 5,3% em relação à safra colhida na temporada anterior, que ficou em 171,84 milhões de toneladas. Em julho, a projeção da consultoria indicava 179,88 milhões de toneladas.
Milho
O milho até tentou se firmar no campo positivo após a divulgação das vendas nos EUA, mas no fechamento mudou de direção pressionado pelos fundamentos de oferta. Os lotes do cereal para dezembro fecharam em queda 0,42%, a US$ 4,18 o bushel.
O milho até ensaiou reação na bolsa após o aumento da demanda nos EUA. Na semana finda em 28 de agosto, as vendas líquidas do cereal no país alcançaram 2,11 milhões de toneladas, acima das 2,08 negociadas na semana imediatamente anterior, segundo o USDA.
No entanto, com a colheita possivelmente recorde da safra americana prestes a entrar no circuito comercial, as quedas predominam a cada sessão em Chicago.
Trigo
O trigo, por sua vez, fechou o dia praticamente estável na bolsa. Os contratos para dezembro caíram 0,05%, a US$ 5,1925 o bushel.