
Após sete dias úteis de estabilidade nas cotações do boi gordo no Estado de São Paulo, o mercado registrou alta nos preços aos pecuaristas, segundo a Scot Consultoria. Na sexta-feira (22/8), a arroba do boi gordo subiu R$ 2, para R$ 310 no pagamento a prazo nas praças de Araçatuba (SP) e Barretos (SP), que são referência para os negócios de bovinos. A cotação da vaca aumentou R$ 3, para R$ 285 a arroba. As demais categorias permaneceram estáveis.
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Além das duas praças paulistas, o preço do boi gordo registrou alta apenas no sudeste de Rondônia. Em todas as demais 29 regiões monitoradas pela Scot, as cotações permaneceram estáveis.
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Em São Paulo, segundo a consultoria, o cenário seguiu dividido em dois movimentos distintos. De um lado, as indústrias frigoríficas não conseguiram alongar suas escalas e sentiram a retração dos pecuaristas, que reduziram as ofertas de bovinos terminados na expectativa de negociar em patamares mais elevados. De outro, as indústrias que já garantiram escalas mais confortáveis optaram por se retirar das compras ou mantiveram firmeza nos preços ofertados.
A consultoria Agrifatto destaca que, no varejo, a demanda por carne bovina segue sem alterações, com ritmo lento e pouca sustentação nos preços. No mercado físico, a combinação de oferta restrita e demanda externa aquecida sustenta os preços, mantendo a perspectiva favorável ao produtor no curto prazo.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destaca que animais que entraram em confinamento no mês de julho, com perspectiva de venda em outubro e/ou novembro, podem ter rentabilidade ao redor de 10% em Estados como Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás.
Em Mato Grosso, que concentra o maior rebanho tanto em pasto quanto confinado, a rentabilidade pode se aproximar dos 15%, e esse nível já tem realimentado o crescimento consistente da pecuária no Estado, afirma o Cepea. Já no Rio Grande do Sul, as raças europeias sinalizam retorno superior a 25%.
Essas rentabilidades médias são estimadas pelo Cepea em parceria com a DSM-Tortuga, e os resultados dos confinamentos com entrada em julho e saída em outubro/novembro são os melhores deste ano.