O Ceará possui atualmente 94 homens para cada 100 mulheres, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2024, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo IBGE. Com uma população estimada de 9,217 milhões de pessoas, o estado conta com 4,463 milhões de homens e 4,754 milhões de mulheres, consolidando uma tendência nacional de predominância feminina. Essa diferença é medida pela chamada “razão de sexo”, que no caso cearense ficou em 93,9 — abaixo da média nacional, que é de 95,2.
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O levantamento mostra que os homens são maioria no Ceará em apenas dois grupos de idade acima dos 18 anos: na faixa de 20 a 24 anos, onde há 110,6 homens para cada 100 mulheres, e na faixa de 25 a 29 anos, com 102 homens para cada 100 mulheres. A partir dessa idade, o número de homens vai diminuindo progressivamente em relação às mulheres, chegando a uma razão de apenas 75,7 entre os idosos com mais de 60 anos.
De acordo com o IBGE, essa diferença está diretamente relacionada aos índices de mortalidade, geralmente mais altos entre os homens em praticamente todas as faixas etárias. Esse fator contribui para o aumento da população feminina com o avanço da idade. O fenômeno também reflete desafios estruturais ligados à saúde pública, segurança e condições de vida da população masculina.
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O Ceará acompanha uma tendência observada em todo o Nordeste, que apresenta a menor razão de sexo entre as regiões brasileiras, com 93 homens para cada 100 mulheres. Além do Nordeste, o Sudeste também registra uma das menores taxas, com 94,9. Já a Região Norte se destaca como a única com quase equilíbrio entre os gêneros (99,3), enquanto Tocantins (105,5) e Santa Catarina (100,9) são os únicos estados com mais homens do que mulheres.
No recorte nacional por faixa etária, a maior concentração masculina ocorre entre jovens de 18 a 19 anos, especialmente na Paraíba, que registra 136 homens para cada 100 mulheres. Já o Rio de Janeiro apresenta o maior desequilíbrio na terceira idade, com apenas 70,4 homens para cada 100 mulheres com mais de 60 anos. Os dados reforçam a importância de políticas públicas voltadas à saúde e à longevidade masculina.
O estudo também apontou que as mulheres são maioria em todas as Grandes Regiões brasileiras, o que tem impacto direto em áreas como mercado de trabalho, previdência, saúde e planejamento urbano. No Ceará, essa predominância feminina também deve ser considerada em políticas públicas que envolvam envelhecimento populacional, cuidado com a saúde e proteção social.
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