A SLC Agrícola, que comercializa soja, algodão, milho, sementes e tem negócios com pecuária bovina, encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 139,8 milhões, resultado 56,5% abaixo do apresentado no mesmo intervalo do ano passado.
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Em relatório, a empresa informou que teve resultado de vendas impulsionado pela alta produtividade da soja e do milho. Mas a última linha do balanço foi afetada pela redução de R$ 452,5 milhões na marcação dos ativos biológicos (receita – custo) e Valor Realizável Líquido dos Produtos Agrícolas (VRLPA), em virtude da menor área marcada de algodão em pluma e caroço de algodão.
Esse impacto, segundo a companhia, deve-se às intempéries climáticas que atrasaram o ciclo de desenvolvimento do algodão em caroço, impactando o período de marcação do ativo biológico.
A receita líquida no trimestre teve aumento de 37,8%, para R$ 1,9 bilhão, com recorde histórico em volume de vendas e receita faturada.
Em volume, as vendas de soja aumentaram 99,9%, para 517,7 mil toneladas. As vendas de milho cresceram 88,9% no trimestre, para 61,1 mil toneladas. Já as vendas de algodão recuaram 6,2%, para 76,4 mil toneladas. As vendas de caroço de algodão também tiveram queda de 11%, para 29,8 mil toneladas.
O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) teve crescimento de 115,6%, para R$ 556,6 milhões. O ganho no Ebitda foi favorecido pela retomada do lucro bruto da soja na safra 2024/25, que obteve melhor produtividade em comparação à safra anterior, afetada pelo clima.
A geração de caixa no semestre foi de R$ 2,1 bilhões negativos, devido à maior necessidade de capital de giro para o custeio da safra. No trimestre, a SLC pagou arrendamentos e insumos e o pagamento de dividendos de R$ 241 milhões.
Além disso, houve desembolso de R$ 103 milhões com a aquisição da participação minoritária da SLC MIT.