Com os preços das terras destinadas a grãos em patamares elevados, cresce a procura por áreas de pastagens que tenham potencial para conversão para produção agrícola no país. Esse movimento já provoca a valorização de áreas de pasto no Brasil.
No segundo trimestre deste ano, as terras de pastagem tiveram a maior valorização entre todas as categorias pesquisadas pela S&P Global Commodity Insights, com alta de 3,3% em relação ao mesmo período de 2024. A segunda posição ficou para áreas de café, cujos preços subiram 3,2% na média nacional.
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Atualmente, as terras com pastos têm uma média de preço entre R$ 10 mil e R$ 20 mil por hectare no Brasil. Já nas áreas destinadas a grãos, o hectare custa de R$ 50 mil a R$ 60 mil. Assim, comprar pastagens para produzir grãos tem se mostrado uma estratégia vantajosa para os produtores, apesar do custo de conversão e recuperação do solo.
“Os compradores estão em busca de oportunidades onde os preços das terras ainda não atingiram seu pleno potencial, como áreas de pastagem que podem ser convertidas em terras cultiváveis”, afirmam Leydiane Brito e Gabriel Faleiros, da S&P Global.
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Gustavo Fonseca, sócio-diretor da AGBI, , acrescenta que a companhia tem visto essa demanda acontecer em regiões onde é possível produzir grãos, mas também existe potencial para uma segunda safra. É o caso das “novas fronteiras agrícolas, Maranhão, Bahia, Pará. Em Mato Grosso, esse movimento nunca parou de acontecer. A procura é focada onde tem solo e condições climáticas muito boas”.
Para o mercado de compra e venda de propriedades rurais, em geral, o cenário é de baixa liquidez nos negócios em função dos preços em patamares elevados.
