Em meio a tensões no comércio internacional e a imposição de barreiras às exportações, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) lançará uma campanha de promoção dos produtos da cadeia de aves e suínos no exterior. A iniciativa, segundo a entidade, terá base em critérios técnicos e regras sanitárias “claras, previsíveis e alinhadas aos princípios da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)”.
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A iniciativa “No borders for food: parcerias para segurança alimentar” integra um projeto setorial da ABPA em conjunto com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). O lançamento será nesta sexta-feira (8/8), em Manila, nas Filipinas, durante a feira WOFEX.
O evento “Philippines – Brazil: A Successful Partnership. WOAH-based decisions for food security” terá o embaixador do Brasil nas Filipinas, Gilberto Fonseca Guimarães de Moura, a adida agrícola Virgínia Carpi, autoridades do departameto de agricultura local, e representantes de importadores e processadores de proteína animal.
O lançamento ocorre logo após o Brasil encerrar o primeiro e único foco até agora de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em aves comerciais.
A Associação Brasileira de Proteína Animal informa que o objetivo é fortalecer a adoção de critérios técnicos internacionais como ferramenta para ampliar o acesso a mercados e contribuir para a manutenção do fluxo de comércio e a segurança alimentar global.
“A resposta rápida do setor produtivo e das autoridades sanitárias mostrou a eficácia do nosso modelo de prevenção. Agora, é hora de cuidar também do ambiente internacional, assegurando que os mercados compreendam e reconheçam nossos avanços e os fundamentos técnicos adotados globalmente”, afirmou o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
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“Também é preciso ressaltar a necessidade de mudança na abordagem dos conceitos de influenza aviária, bem como reafirmar a impossibilidade de transmissão por meio do produto, como já é reconhecido por todos os órgãos internacionais de saúde”, completou.
Além das Filipinas, estão previstos eventos em outros mercados estratégicos para os exportadores, como China, União Europeia, África do Sul, México, Chile, Malásia, Peru, Canadá e Arábia Saudita.
“São mercados cujas importações de produtos brasileiros superam os US$ 5 bilhões. Por isso, queremos fomentar o diálogo técnico com autoridades e importadores, fortalecendo comunidades locais que defendam o comércio justo e baseado em evidências, sempre à luz das normas da OMSA”, reforçou Santin.