
O Grupo Potencial, que atua no mercado de combustíveis e é um dos principais produtores de biodiesel do país, anunciou investimento de R$ 2 bilhões na construção de uma usina de etanol de milho em Lapa (PR), na região metropolitana de Curitiba. A previsão é que o empreendimento entre em operação em 2028, com capacidade para processar três mil toneladas do cereal por dia.
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Em nota, o grupo controlado pela família Hammerschmidt disse que a iniciativa reforça o compromisso da companhia com a transição energética e o fortalecimento da cadeia de biocombustíveis no Brasil.
O projeto da construção da usina de etanol de milho está na fase de detalhamento, conduzido por uma empresa especializada. O investimento é baseado na expectativa de crescimento do setor no país. Na safra 2024/2025, a produção nacional do biocombustível cresceu 31%, para 8,2 bilhões de litros, segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Única). A expectativa da União Nacional do Etanol de Milho (Unem) é que a produção alcance 10 bilhões de litros neste ano.
Com o novo investimento, os aportes acumulados desde 2012 no complexo do Grupo Potencial na cidade paranaense vão se aproximar dos R$ 6 bilhões.
“Estamos direcionando nossos investimentos para projetos que unam inovação, eficiência e compromisso ambiental. A nova usina é mais um passo nessa jornada, reiterando o propósito da Potencial de protagonizar a evolução sustentável”, afirmou, em nota, o vice-presidente do Grupo Potencial, Carlos Eduardo Hammerschmidt.
Carlos Eduardo Hammerschmidt, vice-presidente do Grupo Potencial
Divulgação
A nova planta será instalada no complexo da companhia, que já abriga uma fábrica de biodiesel em plena operação e em ampliação para atingir capacidade diária de 4,5 mil metros cúbicos, e uma esmagadora de soja em fase avançada de construção.
Segundo o Grupo Potencial, a nova usina de etanol de milho será uma das mais modernas do país. Além do biocombustível, o processamento do cereal vai gerar subprodutos, como farelo, usado na alimentação animal, e óleo, destinado à produção de biodiesel.
O Grupo Potencial também vai construir dois dutos, um para etanol e outro para biodiesel, que ligarão a cidade de Araucária (PR) ao complexo industrial da empresa na Lapa, com possibilidade de atender outras cidades. O aporte estimado da empresa é de R$ 200 milhões.
A produção de glicerina refinada do grupo está em ampliação e deverá alcançar 80 mil toneladas por ano. Atualmente, a maior planta de glicerina refinada em um único complexo está na China, com capacidade de 250 mil toneladas ano.
“O Grupo Potencial acredita no papel do Brasil como líder global em biocombustíveis. Estamos assim contribuindo para consolidar a imagem do país como referência em sustentabilidade, agroindustrialização e protagonismo climático. Somado a isso, o avanço desse tipo de combustível é estratégico para a segurança energética nacional, especialmente diante de instabilidades geopolíticas recentes”, acrescentou Hammerschmidt, no comunicado.






