Senador Marcos do Val é alvo de operação da PF e passará a usar tornozeleira eletrônica

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (4) e vai passar a usar tornozeleira eletrônica, a partir de determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes.

Em agosto de 2024, Moraes havia determinado a apreensão de passaportes do parlamentar, além de bloquear R$ 50 milhões de conta no nome dele, no contexto do inquérito que investiga ataques a investigadores da PF.

Em julho deste ano, o senador viajou para os Estados Unidos. A abordagem dos agentes teria ocorrido logo após o desembarque do parlamentar no Aeroporto Internacional de Brasília.

Senador Marcos do Val é alvo de operação da PF e passará a usar tornozeleira eletrônica

Marcos do Val é investigado por participação em grupo que promovia ataques e intimidações contra investigadores da Polícia Federal, além de responder a inquéritos relacionados à tentativa de golpe após as eleições de 2022. A determinação do uso da tornozeleira foi uma resposta do STF ao descumprimento das medidas cautelares previamente impostas.

Bolsonaro

Do Val é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que recentemente também teve que passar a usar tornozeleira eletrônica. No último mês, o STF determinou o monitoramento eletrônico do ex-mandatário, com a medida tendo sido mantida após votação na Primeira Turma da Corte.

Bolsonaro, além da tornozeleira, precisa cumprir: recolhimento domiciliar noturno das 19h às 6h em dias úteis e em tempo integral nos fins de semana e feriados; proibição de acessar redes sociais; proibição de contato com embaixadores, diplomatas e outros réus ou investigados; e impedimento de se ausentar da comarca do Distrito Federal.

>>>Siga o GCMAIS no Google Notícias<<<

Segundo o ministro Alexandre de Moraes, as medidas são justificadas por indícios de coação durante o processo, obstrução de investigação e atentado à soberania nacional. A atuação de Jair Bolsonaro e de Eduardo Bolsonaro, filho dele, foi considerada tentativa de interferir nas investigações e de fugir à aplicação da lei brasileira. Relatórios da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República apontam que ambos buscavam, inclusive através de interlocução internacional, impedir o avanço do processo penal sobre a tentativa de golpe de Estado da qual são réus ou investigados.