
A ordem executiva assinada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quarta-feira (30/7), gerou reações da classe política brasileira. Parlamentares se manifestaram publicamente por diversas vezes defendendo as negociações com o governo americano. O Senado Federal chegou a enviar uma missão a Washington, capital americana, que acabou não tendo sucesso na abertura de canais de diálogo com a Casa Branca.
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Em nota, os senadores disseram que a comitiva “exerce uma função institucional e suprapartidária”, voltada à reaproximação com o Congresso americano e à busca de alternativas ao tarifaço.
“Todas as agendas da delegação foram voltadas à reconstrução do diálogo político entre os dois Parlamentos e à defesa dos interesses estratégicos do país em meio ao agravamento das tensões comerciais. A programação foi inteiramente voltada ao campo da diplomacia parlamentar”, informaram os senadores, em comunicado.
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Entre os integrantes do grupo, está a ex-ministra da Agricultura no governo de Jair Bolsonaro, Tereza Cristina (PP-MS). Vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, ela disse que é preciso analisar com calma os termos da ordem executiva do presidente americano.
A senadora fez uma avaliação positiva das exceções do governo americano a alguns produtos. No agro, foram incluídos suco e polpa de laranja, castanhas, celulose, fertilizantes químicos e polpa de madeira. Café, carne bovina, pescados, frutas e etanol não.
“Precisamos ver como ficarão esses produtos muito importantes para os dois mercados”, disse a senadora. “Vamos voltar para o Brasil e fazer a vistoria de casa, conversar com quem temos de conversar. Vai ter um relatório dessa comissão, será público, amplamente divulgado e aí nós vamos poder conversar com vários setores, com os três Poderes, inclusive com o Executivo”, disse.
“Nós temos um agronegócio potentíssimo, e nós temos dependência de fertilizantes. Não tem como deixar de comprar. Só se for para parar o agronegócio”, ressaltou o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), também integrante da comitiva parlamentar.
A Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) que reúne deputados e senadores ligados ao agro, não respondeu à solicitação de comentário. Pela assessoria, disse apenas que mantém sua posição já manifestada antes da confirmação da tarifa pelo presidente dos Estados Unidos.






