
A manhã é positiva apenas para os contratos de cacau na bolsa de Nova York, enquanto o mercado acompanha novidades sobre as tarifas prometidas pelo presidente americano Donald Trump. A cotação dos papéis mais negociados (dezembro) agora é de US$ 7.635 a tonelada, alta de 1,2%.
Ontem, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que será possível que o cacau tenha isenção nas tarifas. No entanto, para Lucca Bezzon, analista de inteligência de mercado da StoneX, a notícia não trouxe impacto para o fechamento.
“Essa notícia deveria trazer uma pressão de alta para as cotações do cacau, já que os EUA representam 7,5% das importações globais do produto”, pontuou. Ainda na avaliação dele, a possível isenção das sobretaxas está ligada possivelmente a pressão das indústrias de chocolate nos EUA, que vem alegando impacto para as margens diante dos altos custos do cacau.
Nos contratos de café arábica, a manhã é neutra, com os lotes de vencimento em dezembro a US$ 2,9650 a libra-peso. Segundo o secretário americano, a medida de isenção, além do cacau pode beneficiar o café.
“Essa notícia mexe muito com o mercado, pois é uma concessão importante americana e uma sinalização que ainda não havia sido feita. Como os EUA praticamente não produzem café, há chances mesmo de o produto ficar isento das tarifas americanas”, pontuou Haroldo Bonfá, diretor da Pharos Consultoria.
Além do alívio para as taxas sobre o café, o analista acredita que o tarifaço pode ser postergado por mês, enquanto Trump avalia “o que vai pedir em troca ao Brasil, como as negociações sobre terras raras e ainda na exploração do petróleo”.
Por fim, Bonfá lembra que o preço do café perdeu força após o mercado minimizar os impactos da chuva de granizo registrada em áreas produtoras de Minas Gerais.
Também em Nova York os preços do algodão para dezembro caem 0,08%, a 67,41 centavos de dólar a libra-peso. E o açúcar demerara para outubro cai 0,52%, para 16,41 centavos de dólar a libra-peso.






