
A entidade Bioenergia Brasil, que reúne 15 associações representantes do setor sucroalcooleiro nacional, e a União das Indústrias de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), que representa as usinas do Centro-Sul, elogiaram a atuação do governo brasileiro diante das pressões do presidente americano Donald Trump, sendo a última a ameaça de investigação de sua política para o etanol.
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Em nota, as duas associações afirmaram que o governo brasileiro “tem demonstrado firmeza, altivez e competência diplomática na defesa dos interesses nacionais, especialmente em setores estratégicos como os biocombustíveis”.
As entidades defenderam que “o comércio bilateral entre Brasil e Estados Unidos precisa ser preservado e fortalecido”, e que “o etanol é exemplo claro de como uma agenda conjunta pode beneficiar economias, pessoas e o clima global”.
As associações ressaltaram que o Brasil é “referência internacional em mobilidade de baixo carbono” e citaram políticas públicas para o setor, como o RenovaBio, o Combustível do Futuro e o Mover. E acrescentaram que esses programas “reforçam o comprometimento do setor com o desmatamento zero” — outro ponto criticado pelo Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR, na sigla em inglês) em sua ameaça de investigação contra o Brasil.
A Bioenergia Brasil e a Unica ainda ressaltaram que, devido à “baixa intensidade de carbono” do etanol, o uso do biocombustível na frota de veículos leves já evitou a emissão de mais de 730 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente. O volume é similar ao das emissões anuais totais da Indonésia, a oitava maior emissora do mundo.