
Ocupante do cargo é responsável por conduzir e supervisionar negociações internacionais Organizações agrícolas americanas enviaram uma carta ao presidente Donald Trump pedindo a nomeação do Negociador-Chefe de Agricultura para o Escritório do Representante de Comércio dos EUA.
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O ocupante do cargo é responsável por conduzir e supervisionar negociações internacionais relacionadas ao comércio de produtos agrícolas. Trata-se de uma nomeação política, e cada nova administração é responsável por indicar alguém para ocupar a posição. Até o momento, a Administração Trump não indicou ninguém.
A carta foi divulgada em meio à expectativa dos fazendeiros em relação a novos acordos tarifários, uma vez que Trump afirmou que as taxas contra importações de produtos entrarão em vigor em 1º de agosto.
As organizações agrícolas disseram estar encorajadas pelo compromisso da administração em enfrentar “práticas comerciais injustas”, mas ressaltaram que as condições difíceis enfrentadas pelos agricultores americanos, junto com a forte dependência das exportações, mostram a importância de um negociador agrícola que represente os interesses do setor.
“Os agricultores e pecuaristas enfrentam condições econômicas desafiadoras, com preços baixos, altos custos de insumos, aumento da concorrência global e mercados estagnados. Como Vossa Excelência sabe, os agricultores e pecuaristas americanos dependem fortemente das exportações para terem sucesso, e o impulso gerado pelas negociações comerciais recíprocas em andamento é promissor”, defendem.
A carta reúne assinaturas de 42 entidades, entre associações de produtores de soja, algodão, sorgo, leite, proteínas animais, o Instituto de Fertilizantes, e outros.
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“Um defensor forte nesse cargo ajuda a garantir que as prioridades agrícolas sejam integradas desde o início e de forma consistente durante todo o processo de negociação, trazendo uma expertise essencial em toda a cadeia de produção agrícola, logística e questões técnicas,” diz a carta.
“Assim, isso levará a acordos que proporcionem benefícios reais e concretos para as comunidades rurais e para a economia dos EUA como um todo”.
A carta termina defendendo que ter alguém nesse cargo “levaria a negociações mais eficazes e produtivas, resultando, por fim, em maior demanda por produtos americanos de alta qualidade”.