
Espécie pode ser atingida por doenças e pragas e apresentar sintomas nas raízes, caule e folhas O girassol nunca passa despercebido. A planta originária da América – Central e do Norte – se destaca pelo amarelo intenso das pétalas, as sementes visíveis em grande quantidade, o tamanho que pode superar os três metros e o simbolismo relacionado à amizade, entusiasmo e energia.
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Devido à beleza, é comum o produtor desejar o prolongamento do ciclo de vida, independente do local de plantio, seja no campo ou em vasos. E, conforme Leosane Bosco, professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no campus Curitibanos, isso é possível seguindo três dicas:
Manejo adequado;
Cultivar correta;
Plantar conforme o clima de cada região brasileira.
“Como o girassol tem vários genótipos, eles respondem diferente ao ambiente. Aqueles de fotoperíodo de dia curto, se cultivados no Sul durante o outono e o inverno, terão um ciclo curto e produzirão hastes pequenas. Já na primavera e no verão, o ciclo será maior e as plantas também serão maiores. E aqueles que não respondem ao fotoperíodo, se plantados em temperaturas mais amenas, terão um ciclo maior”, explica.
Quanto tempo dura um girassol?
Após o plantio da cultivar escolhida, o girassol passa por diversas etapas durante o desenvolvimento. E, até a floração, o tempo varia conforme o local de cultivo. Veja abaixo as diferenças:
No campo
A planta tem ciclo de 45 a 120 dias quando o plantio é realizado no solo, sendo maior em clima temperado e menor no tropical. Ou seja, quanto mais frio, mais tempo dura o girassol.
“Obviamente que as temperaturas baixas (menores que 4ºC) podem matar. Por isso, não se recomenda plantar girassol durante o inverno no Sul, enquanto o plantio pode ser realizado em qualquer época do ano nas demais regiões”.
O período de duração da flor aberta segue a mesma tendência. Em locais muito quentes, ela vai durar menos tempo em relação aos ambientes frios. “Estudos mostram que a flor pode durar no vaso com água entre 6 e 15 dias depois de colhida. Se ficar no campo, estará exposta a fatores adversos, como ataque de insetos, vento, chuva e calor, comprometendo a durabilidade”, diz a especialista.
No vaso
Diferente do solo, a planta em um recipiente com espaço delimitado tem ciclo de vida entre 40 e 50 dias. E, após a abertura, a flor resiste até duas semanas em ambiente com temperatura amena e umidade.
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O que fazer para o girassol não morrer?
Considerada de cultivo simples e ciclo rápido entre a semeadura e a floração, a planta não morre facilmente. No entanto, quatro erros durante o manejo podem aumentar o risco:
Falta ou excesso de água por dias seguidos;
Temperaturas congelantes ou abaixo de 4°C;
Ausência de luz solar;
Ataque severo de doenças ou pragas.
O girassol está doente. O que fazer?
O primeiro passo é observar a planta e identificar quais sintomas ela apresenta, como murchamento, folhas amareladas e queda das pétalas, por exemplo.
Na sequência, o correto é procurar a assistência técnica especializada para o diagnóstico e a aplicação do tratamento fitossanitário, principalmente, se o cultivo acontece no campo, onde há plantas em maior quantidade.
“Em locais menores, como quintais ou vasos, além da orientação profissional, é importante conferir se o solo está encharcado ou se as folhas estão ficando permanentemente molhadas. Assim, além do tratamento, é necessário evitar a rega e deixar a planta em local ventilado e com luz solar”.
Quais doenças e pragas mais atingem o girassol?
Os fungos são os causadores das principais doenças e atacam, geralmente, as folhas: míldio, oídio, alternária e septoriose. Mas, além disso, a planta também pode ter o caule e as raízes apodrecidas por outras enfermidades mais raras.
Na lista de pragas, lagartas, formigas, diabróticas, mosca-minadora, mosca-branca, tripes, ácaros, cochonilhas, percevejos e pulgões, se destacam, conforme Leosane Bosco.
É possível reviver o girassol?
Sim. Caso a planta fique murcha pela falta de água – e não doença –, a sugestão é aumentar a quantidade de regas por um curto período até a recuperar. No entanto, se o caule perder a rigidez, não há o que fazer.
O amarelamento das folhas, causado, geralmente, pela falta de nitrogênio, é possível reverter apenas ajustando a dose nutricional, finaliza a professora da UFSC.