
Demanda deve sustentar preços dos óleos vegetais no segundo semestre A aprovação recent do aumento da mistura obrigatória de biodiesel no diesel de 14% para 15%, a partir de agosto, deve impulsionar o desempenho do setor de óleos vegetais, especialmente o de óleo de soja, segundo a StoneX.
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A consultoria projeta a demanda de consumo de biodiesel no Brasil em 9,9 milhões de metros cúbicos para 2025, ante estimativa anterior de 9,6 milhões de metros cúbicos. O volume representa um crescimento de 9,3% em relação a 2024 e deve garantir maior consumo de óleo de soja no segundo semestre, observou em relatório Leonardo Rossetti, analista da StoneX.
O analista considerou que, mesmo com a mistura de 14% no diesel após março, o setor de biodiesel permaneceu aquecido. Até maio, as vendas somaram 3,78 milhões de metros cúbicos, 7,9% acima do registrado no mesmo período de 2024.
Globalmente, a demanda por biodiesel deve sustentar preços dos óleos vegetais no segundo semestre, segundo o analista.
A definição pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) da proposta de metas de combustíveis renováveis para 2026 e 2027 provocou valorização nas cotações. Com isso, o óleo de soja fechou o segundo trimestre com valorização de 17,4%, cotado a 52,70 centavos de dólar por libra-peso.
Entre as propostas está a meta de 5,61 bilhões de galões para 2026, o que corresponde a um aumento de 67% no volume previsto para 2025. A proposta tende a sustentar os preços para os Biodiesel RINs, créditos atribuídos por galão de biodiesel produzido nos EUA para remuneração dos produtores.
Outra proposta consiste em reduzir em 50% a geração de RINs para combustíveis importados ou produzidos com matérias-primas estrangeiras.
Na avaliação de Rossetti, o cenário aumenta a expectativa de demanda maior de óleo de soja nos Estados Unidos, e deve estimular os investimentos no setor no segundo semestre. Com isso, a expectativa é que os preços subam em relação ao primeiro semestre.