Graças à sua pesquisa, Diogo Totti Silva vai fazer intercâmbio na Texas Tech University Filho de veterinária e neto de agrônomo, Diogo Totti Silva cresceu entre conversas sobre o campo e a produção rural em Echaporã (SP), no sítio da família, onde passou parte da infância. No entanto, foi só no terceiro ano do ensino médio que decidiu, de fato, seguir carreira no agro. “Falei: ‘Vou tentar agronomia’. Sorte que fui, porque gostei. Acertei de primeira no curso”, conta.
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A decisão o levou a Presidente Prudente, onde é aluno da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste). Ali, encontrou um ambiente fértil para ir além da sala de aula. No segundo período da graduação, Diogo passou a integrar o Centro de Estudos em Ecofisiologia Vegetal do Oeste Paulista (Cevop), onde embarcou na iniciação científica.
Em sua pesquisa, ele ajuda a investigar a aplicação de um biorregulador associado a micronutrientes para mitigar os efeitos do estresse térmico em plantas de soja, uma tentativa de ajudar as lavouras a resistir melhor às altas temperaturas. “Tentamos desenvolver mecanismos como o fortalecimento do sistema radicular e o aumento da atividade antioxidante”, explica.
O trabalho ocorre em duas frentes: uma em germinadoras, com foco na etapa inicial da planta, e outra em casa de vegetação, simulando condições reais. Após a fase experimental, Diogo passou a fazer as análises bioquímicas e fisiológicas para entender como a soja reage internamente ao estresse.
O resultado positivo dessa pesquisa o levou ainda mais longe. Em junho, o estudante vai embarcar para a Texas Tech University, nos Estados Unidos, onde passará quatro meses aplicando o biorregulador em diferentes estágios fenológicos da planta. O objetivo é descobrir qual o melhor momento para o uso da substância.
Aos 20 anos e no quinto período do curso, Diogo ainda não decidiu se seguirá carreira acadêmica, mas a paixão pela pesquisa é clara. “A gente não imagina que um pequeno estudo possa virar algo grande, mas tudo começa assim. Eu vejo muito potencial”, afirma.
Para o jovem estudante, o futuro da agricultura passa pela ciência, e ele quer fazer parte dessa construção.