
Movimento reflete uma onda de compras de oportunidade por parte de investidores Após sessões consecutivas de baixa, soja, milho e trigo registram recuperação na abertura dos mercados desta sexta-feira (27/6) na Bolsa de Chicago. Segundo análise da consultoria Granar, o movimento reflete uma onda de compras de oportunidade por parte de investidores, que voltam ao mercado diante de sinais técnicos de sobrevenda nos contratos futuros.
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No caso da soja, os contratos operam em estabilidade, apoiados não apenas pela correção técnica, mas também pela recente valorização do real frente ao dólar. A apreciação da moeda brasileira diminui a competitividade das exportações do Brasil e, ao mesmo tempo, desestimula os produtores locais a vender, na expectativa de preços mais atrativos.
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A consultoria Granar também aponta que a decisão do governo argentino de aumentar, a partir de 1º de julho, os direitos de exportação sobre todo o complexo da soja pode reforçar o viés de alta ao longo do dia. Por outro lado, a demanda chinesa segue morna e sem grandes movimentos de compra nos Estados Unidos, enquanto as condições climáticas continuam favoráveis ao desenvolvimento das lavouras no Meio-Oeste norte-americano.
Assim, os contratos futuros da oleaginosa sobem 0,12%, a US$ 10,2900 por bushel.
O milho para setembro avança 1,18%, cotado a US$ 4,0875 por bushel, após renovar mínimas nos últimos pregões. A recuperação atual é atribuída principalmente às compras especulativas, impulsionadas pelos mesmos fatores observados no mercado de soja: câmbio desfavorável às exportações brasileiras e menor apetite dos produtores para comercializar sua produção durante o pico da colheita da safrinha.
Ainda segundo a Granar, o clima segue positivo para as lavouras dos EUA, o que limita os ganhos. Além disso, persiste a ausência de avanços em negociações comerciais entre Washington e potenciais compradores internacionais.
Os papeis de trigo avançam 0,51%, a US$ 5,3950 por bushel, refletindo compras técnicas. Neste caso, soma-se à recuperação a desvalorização do dólar frente ao euro, o que melhora a competitividade do trigo norte-americano no cenário internacional, justamente no início da entrada da nova safra.
Entretanto, a consultoria avalia que o avanço da colheita de inverno nos Estados Unidos e o bom andamento da safra no restante do Hemisfério Norte, especialmente na União Europeia e na região do Mar Negro, devem limitar o espaço para maiores altas.