Boletim divulgado pelo governo estadual neste domingo (22/6) indica que rios e lagos do Estado estão em atenção, alguns com cota de inundação As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nos últimos dias levaram o Estado a decretar situação de emergência em diversas cidades. Boletim divulgado pelo governo neste domingo (22/6) indica que 21 municípios estão nestas condições e em mais da metade deles a agropecuária é uma das principais atividades econômicas. Isso significa que lavouras e criações de gado correm risco de passar por enchentes e inundações.
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“A chuva deixou rios e lagos do Estado em situação de atenção, alguns inclusive atingindo cota de inundação”, ressaltou o governo em boletim.
Cruzeiro do Sul (RS), por exemplo, é forte produtora de aipim, maior fornecedora do produto para o Ceasa-Porto Alegre, e está em situação de emergência. A cidade fica no Vale do Taquari, uma das regiões mais afetadas pelas graves enchentes de 2024.
Outro município que está na lista do governo é Tupanciretã (RS), que está entre os maiores produtores de soja do Rio Grande do Sul e já chegou a ocupar a liderança no ranking estadual da oleaginosa.
Em Paraíso do Sul (RS), também em situação de emergência, a economia local é baseada na agricultura familiar, com destaque para o cultivo de arroz, fumo, soja, milho, feijão e criação de gado de corte. São Francisco de Assis (RS) tem cultivos semelhantes, além de trigo e criações de ovinos e suínos.
O governo estadual ainda cita Montenegro (RS), cidade que é um importante polo citrícola no Estado, com muitos produtores rurais de bergamotas (tangerina) e indústrias relacionadas ao processamento das frutas.
Outras cidades rurais atingidas são:
Passa Sete (RS);
Cacequi (RS);
Rosário do Sul (RS);
Nova Santa Rita (RS);
Amaral Ferrador (RS);
Toropi (RS);
Júlio de Castilhos (RS);
Cerro Branco (RS).
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio Grande do Sul (Emater/RS) registra chuva intensa pelo menos desde o dia 12 de junho.
Entre segunda-feira (16/6) e terça-feira (17/6), a instabilidade se agravou, devido à atuação de um cavado meteorológico.
Além das 21 cidades em situação de emergência, Jaguari (RS) foi decretada em calamidade pública pelo governo estadual. Ao todo, são 127 municípios gaúchos afetados pelas chuvas, 5.858 pessoas desalojadas e quatro óbitos confirmados.