
País se declarou livre da doença nesta semana, mas mantém monitoramento para evitar novos casos O Brasil investiga 12 suspeitas de gripe aviária de alta patogenicidade em oito estados. Todas são em animais silvestres e criações de subsistência. O monitoramento de possíveis casos permanece mesmo depois que o país encerrou o período de vazio sanitário e se declarou livre da doença, nesta semana.
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A maior parte das amostras em análise é de plantéis domésticos ou de subsistência. São três em Minas Gerais (Sacramento, São Joaquim de Bicas e Novo Cruzeiro). Roraima (Alto Alegre), Pará (Parauapebas), Ceará (Cedro), Pernambuco (Palmeirina), Goiás (Nova Aurora) e Mato Grosso (General Carneiro) têm uma cada.
Das suspeitas em aves silvestres, duas estão no Estado de São Paulo (Jaboticabal e Lençóis Paulista) e outra na Bahia (Morro do Chapéu).
Caso se confirme algum desses casos, não há mudança de status sanitário do Brasil em relação à doença. Restrições à produção avícola só ocorrem se houver contaminação de plantéis comerciais, como aconteceu em Montenegro (RS).
Desde o dia 15 de maio de 2023, quando houve o primeiro registro de influenza aviária e alta patogenicidade no país, são 174 casos confirmados: 168 em animais silvestres, cinco em criações domésticas e apenas um em granja comercial.
Vazio sanitário
Na quarta-feira (18/6), o Ministério da Agricultura encerrou o período de vazio sanitário em função do caso de gripe aviária em Montenegro e declarou o país livre da doença. O governo brasileiro já informou a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), a quem cabe validar o status internacional de livre da doença.
Em nota, o Ministério informou que está notificando também todos os países que impuseram restrições a produtos da avicultura brasileira. A expectativa é recuperar o espaço nos mercados internacionais quanto antes for possível.
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“Seguimos todos os protocolos, contivemos o foco e agora avançamos com responsabilidade para uma retomada gradativa do comércio exterior, mostrando a força do serviço sanitário brasileiro”, afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, no comunicado.