As exportações de rochas ornamentais do Ceará somaram 32,4 milhões de dólares no período entre janeiro e maio de 2025, equivalente a mais do que o dobro do que foi registrado no mesmo período do ano anterior. Em 2024, esse intervalo de cinco meses somou 14,3 milhões de dólares, de modo que o crescimento registrado este ano é de 126,9%. Os dados são do estudo setorial Comex Rochas Ornamentais, elaborado pelo Centro Internacional de Negócios (CIN), da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).
Com esse desempenho, o Ceará passou a ocupar a terceira posição entre os estados brasileiros que mais exportam rochas ornamentais, atrás apenas do Espírito Santo (US$ 507 milhões) e de Minas Gerais (US$ 50,6 milhões).
Já a participação das rochas ornamentais nas exportações totais do estado aumentou de 1,7%, em 2023, para 2,8%, em 2024. Somente entre janeiro e maio de 2025, o setor já representa 4,2% das vendas externas do Ceará.
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Segundo o Sindicato das Indústrias de Mármores e Granitos do Estado do Ceará (Simagran), mais de 70 empresas atuam presentemente na pesquisa e extração de rochas ornamentais no estado – número cinco vezes maior do que o registrado há 10 anos.
Para a gerente do CIN, Karina Frota, a singularidade das rochas locais é um dos diferenciais que colocam o Ceará em posição de destaque internacional. “O Ceará é destaque na exportação de rochas ornamentais, principalmente daquelas ricas em sílica. Além disso, temos rochas exclusivas no estado, o que torna o Ceará globalmente competitivo”, afirma.
Regiões
Carlos Rubens Alencar, presidente do Simagran, complementa destacando o valor comercial das rochas cearenses: “O Ceará é a principal fronteira atual das pedras naturais e produz a rocha mais desejada do mundo atualmente, o Quartzito Taj Mahal, produzido com exclusividade pela Vermont Mineração”.
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De acordo com ele, a região noroeste do estado vem desenvolvendo um importante polo de produção e além do Quartzito Taj Mahal, produz diversos outros Quartzitos, como o Perla Venata, Matira, Nayca, Avohai, Perla Santana, Taj Gang e Perla Murano, que também estão fazendo bastante sucesso mundialmente. Nesse contexto, as regiões de São Gonçalo do Amarante, Massapê, Banabuiu, Itaitinga e Icó vêm apresentando um potencial muito grande para a produção de rochas superexóticas.
Quartzito lidera os embarques
O quartzito foi o principal produto exportado no período, movimentando 22,3 milhões de dólares – o equivalente a 69% do total exportado pelo setor. O crescimento de 168,4% em relação ao mesmo intervalo de 2024 reflete a valorização do material no mercado internacional, bem como a ampliação da demanda e da capacidade produtiva.
Principais mercados de destino
A expansão das exportações cearenses foi impulsionada por três grandes mercados: Itália, Estados Unidos e China. A Itália liderou as compras, com 18,2 milhões de dólares (56% do total exportado) e crescimento de 121,1% em relação a 2024.
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Em segundo lugar, os Estados Unidos adquiriram 7,6 milhões de dólares em rochas ornamentais (23% do total), com crescimento equivalente. A China, por sua vez, apresentou o maior crescimento proporcional: 5,1 milhões de dólares em compras, alta de 175%.
Interior do estado
Os dados também apontam uma tendência de interiorização das exportações, no Ceará. Uruoca lidera o ranking de municípios exportadores, com 8,7 milhões de dólares em vendas e aumento de 219,5%. Em seguida aparecem Caucaia (US$ 5,2 milhões, em alta de 122%) e Santa Quitéria (US$ 3,3 milhões, em alta de 37,3%).
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