Condições climáticas criam otimismo com a colheita e também para a produção do ano que vem A oferta de café que vem do Brasil segue como principal vetor de baixa para a commodity na bolsa de Nova York. Nesta quinta-feira (12/6), os contratos com vencimento em setembro, os mais líquidos, registraram baixa de 0,95%, US$ 3,4530 a libra-peso.
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Relatório da Pine Agronegócios destaca que o avanço da colheita brasileira segue motivando os investidores a desmontar suas posições compradas do café em Nova York.
“As notícias que chegam continuam positivas, não apenas para o atual ciclo, mas pela melhora na expectativa da próxima safra, uma vez que hoje o déficit hídrico é quase zero”, disse a consultoria.
O documento da Pine também ressalta que a expectativa de uma melhor oferta vinda da Ásia também corrobora para pressão nos preços. A região segue com clima favorável para o surgimento das floradas.
O clima também beneficia a safra brasileira, e reforça o quadro de queda para o café em Nova York. De acordo com a Pine, a previsão para os próximos dias é de que o frio se intensifique em áreas produtoras de café, porém, o risco de geadas nas lavouras segue afastado. No Sul de Minas, as temperaturas mínimas podem variar entre 6ºC e 9ºC.
Algodão
Em dia de novas projeções de safra, o preço do algodão caiu em Nova York. Os papéis para julho tiveram baixa de 0,50%, cotados a 65,14 centavos de dólar a libra-peso.
As cotações perderam força apesar de estimativas negativas para a oferta. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu para 25,47 milhões de toneladas a previsão para a safra mundial da pluma em 2025/26, recuo de 0,7% se comparado com o dado de maio.
Para a produção americana, que geralmente impacta as negociações em Nova York, a estimativa de colheita caiu 3,4%, a 3,05 milhões de toneladas.
Esses dados foram amenizados pelas boas perspectivas para o Brasil, principal exportador mundial de algodão. O USDA estimou aumento de 2,1% nas vendas externas do país, que deverão somar 3,11 milhões de toneladas.
Cacau
O cacau seguiu negociado com preços em alta na bolsa de Chicago. Os lotes para setembro avançaram 1,87%, a US$ 9.239 a tonelada.
Açúcar e suco de laranja
O açúcar demerara fechou em leve queda nesta quinta-feira. Os papéis para julho recuaram 0,91%, a 16,27 centavos de dólar a libra-peso. O suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) por sua vez, caiu 0,40%, a US$ 2,7370 a libra-peso.