Carga com sementes da leguminosa rica em proteína é incluída em competição internacional Dois meses depois de participar da missão que levou seis mulheres ao espaço na nave New Shepard, da Blue Origin, entre elas, a cantora Katy Perry, a agricultura do Brasil estará representada em mais um momento inédito da ciência mundial.
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De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), uma carga com sementes de grão-de-bico da cultivar BRS Aleppo, desenvolvida no programa de melhoramento genético da entidade, vai acompanhar o foguete da equipe UFABC Rocket Design, da Universidade Federal do ABC (UFABC), na Competição Internacional de Engenharia de Foguetes. O evento acontece no Texas, nos Estados Unidos, até o próximo sábado (14/6).
A oportunidade surgiu após parceria com a Rede Space Farming Brazil, destaca Alessandra Fávero, pesquisadora da Embrapa.
“Ela também tem a missão de aproximar os alunos do ensino fundamental, médio e superior dos pesquisadores da agricultura espacial no Brasil e no exterior. Assim, incentivamos as novas gerações a acreditarem no potencial da pesquisa brasileira em benefício da sociedade”, diz.
O foguete que levará a carga tem três metros de altura, motor de combustível sólido e foi programado para subir até três quilômetros de altitude.
Conheça o grão-de-bico
As sementes da leguminosa conhecida pelo alto teor de proteínas quando incluída na alimentação são da cultivar BRS Aleppo e apresentam cor creme, formato angular tipo cabeça de carneiro e tamanho entre 8 e 9,5 milímetros.
Em estágio de desenvolvimento, a planta pode alcançar até 66 centímetros e ter flores brancas e vagens com até duas sementes.
A primeira missão
No dia 14 de abril de 2025, a nave New Shepard, da Blue Origin, levou seis mulheres ao espaço na missão de 10 minutos e 21 segundos que reuniu ciência e cultura pop – esta representada pela cantora Katy Perry.
Além de sementes de grão-de-bico, plantas de batata-doce da cultivar Beauregard também foram incluídas na viagem. A escolha aconteceu por reunirem vantagens não apenas agronômicas, mas nutricionais diante da possibilidade de produzir vegetais no espaço, alta resistência, crescimento rápido e adaptabilidade.
“Os pesquisadores acreditam que essa exposição pode contribuir para ampliar a variabilidade genética e, com isso, facilitar o desenvolvimento de plantas mais produtivas, precoces e resistentes, características interessantes para a agricultura praticada no espaço e também no planeta Terra”, pontua a Embrapa.
