No Dia dos Namorados, conheça histórias de amor que misturam negócios e floricultura No Dia dos Namorados, um dos presentes mais tradicionais continua em alta: as flores. Mais do que gestos simbólicos, elas movimentam uma cadeia produtiva relevante no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), essa data representa cerca de 10% das vendas anuais do setor, com crescimento estimado entre 6% e 9% para 2025 em relação ao mesmo período de 2024.
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Mas, para alguns casais, as flores significam ainda mais. Elas marcaram o início de relacionamentos, incentivaram mudanças de vida e viraram base de novos negócios, que transformaram o amor em parceria dentro e fora das estufas.
Do banco para o cultivo de mini kalanchoês
Em Holambra (SP), o produtor Luciano Rios viu a vida mudar com o amor e as flores. Ele cultivava mini kalanchoês e era cliente do banco onde Ana Paula Rios trabalhava como telefonista. O contato frequente por telefone virou namoro, casamento e, depois, sociedade.
Ana Paula trocou o emprego estável para trabalhar ao lado de Luciano no sítio, onde produzem cerca de 40 mil vasos por semana. Atualmente, Ana atua tanto da produção quanto da parte financeira e administrativa.
De sala de bate-papo à estufa de rosas
A história de Johannes T. J. Kortstee e Elisabete Izidoro Kortstee começou na internet, nos tempos das salas de bate-papo e conexão discada. Ela, paulistana formada em Artes Plásticas; ele, produtor de azaleias em Holambra (SP). O namoro virtual logo virou encontro real — e vida nova. Elisabete trocou São Paulo pelo campo e, junto com Johannes, construiu uma família com três filhos e ampliou os negócios no Sítio Isidorus Flores, especializado na produção de rosas em vasos e bola-belga.
Hoje, ela atua na gestão administrativa, financeira e de recursos humanos do sítio, além de cuidar do marketing e da identidade visual. Seu olhar artístico é aplicado na criação de embalagens e no layout dos eventos dos quais participam, por meio da Cooperativa Veiling Holambra.
Johannes T. J. Kortstee e Elisabete Izidoro Kortstee
Divulgação
De cliente a parceira de negócios
Já em Andradas, Minas Gerais, foi a venda de rosas que uniu Jéssica e Anderson Esperança. Ela trabalhava na área comercial da Cooperflora, em Holambra, e cruzava com Anderson, produtor de rosas de corte, todas as segundas-feiras. Anos depois, reencontraram-se numa festa em Campinas e começaram a namorar. Em 2020, Jéssica trocou o ambiente da cooperativa para assumir a gestão comercial da fazenda do marido. Hoje, casados, os dois tocam juntos o sítio Vale das Flores.
Entre estufas e caminhões de flores, mantêm o hábito de se presentear com buquês feitos com as próprias rosas que cultivam.
Jéssica e Anderson Esperança
Divulgação
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Crescimento do setor e impacto das datas comemorativas
De acordo com o IBGE, o Brasil tem cerca de 8 mil produtores de flores, com um mercado que faturou R$ 10,9 bilhões em 2021 e emprega aproximadamente 200 mil pessoas, direta e indiretamente. O setor ocupa mais de 15 mil hectares no país.
Datas como o Dia dos Namorados são fundamentais para o crescimento das vendas no segmento de floricultura. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que essa época responde por até 40% do faturamento anual do setor, com aumento de 15% a 20% nas vendas em relação a períodos normais.