Entre 2015 e 2025, consumo do produto no Brasil aumentou para 19,3 quilos O volume de consumo de carne suína no Brasil ainda é bem inferior ao das proteínas concorrentes, mas a distância diminuiu nos últimos dez anos: entre 2015 e 2025, o consumo per capita de carne suína cresceu 33,4% no Brasil, para 19,3 quilos, segundo Iuri Machado, consultor de mercado da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS).
Leia também
Criadores de suínos acertam as contas, mas enfrentam juros altos para investir
Indústria suína brasileira avança lentamente em bem-estar animal, diz relatório
No mesmo intervalo, o consumo per capita de carne bovina caiu 6,6%, e o de carne de frango, 2,9%, para 29,7 quilos e 43,9 quilos, respectivamente. Para ele, esse é um indicativo de que a carne suína tem potencial para crescer ainda mais no país.
Neste ano, a produção nacional de carne suína deve crescer entre 2% e 2,5%, projeta a entidade. O consumo no mercado interno deve ficar próximo ao volume de 2024, na faixa de 20 quilos por pessoa. “Historicamente, o consumo de carnes aumenta no Brasil com a substituição, o consumidor troca uma carne pela outra”, pontuou Machado.
A ABCS credita o aumento da demanda no país ao crescimento do volume de informações sobre o produto e à elevação dos preços da carne bovina, que leva à substituição de um item pelo outro. Para a entidade, a acomodação dos preços do frango por causa da gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro (RS) não deve reduzir a demanda pelo suíno.
O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, que é suinocultor no Distrito Federal, diz que as exportações estão aquecidas. A entidade acredita que o volume dos embarques em 2025 deverá crescer 7% em relação ano passado, com a China mantendo um ritmo intenso de compras de miúdos e as Filipinas, de carcaças. “O Brasil só não exporta mais porque a logística não comporta”, afirma.