
Aos 28 anos, José Vitor Leme sonha em ser o primeiro peão a conquistar o campeonato mundial da PBR por quarto vezes “Eu sonhava estar aqui para jogar, né, mas hoje estou aqui por um outro bom motivo também”. Foi na arquibancada do Allianz Parque que o tricampeão mundial pela PBR José Vitor Leme conversou com exclusividade com a Globo Rural durante o Global Agribusiness Festival (GAFFFF), realizado no estádio do Palmeiras nos dias 5 e 6 de junho. E ele fala sobre um antigo sonho de jogar nos gramados de uma grande arena como aquela, pois dos 6 aos 18 anos ele investiu na carreira de jogador de futebol. Foi atleta das categorias de base de diversos times de Mato Grosso do Sul, seu Estado e por anos deu duro mirando a profissionalização quando alcançasse a maioridade.
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Mas foi exatamente quando completou 18 anos que Leme decidiu mudar a rota e apostar em outro esporte: a montaria de touros. “Foi uma paixão de família, mesmo. Meu pai montava, então eu cresci escutando histórias e cresci no meio também. Meu pai tinha touros de rodeio também. Então, querendo ou não, eu já fazia parte do meio do rodeio”, conta ele, que se recorda de dos 9 aos 12 anos montar despretensiosamente em bezerros, por diversão.
Abaixo, a entrevista em vídeo com José Vitor Leme, na íntegra
“Voui atrás do quarto título mundial”, diz José Vitor Leme
Já adulto, ao mergulhar para valer no novo esporte, não demorou para as conquistas começarem a chegar. “Eu comecei muito bem, já comecei ganhando. Foi bem rápido”. Após competir por três anos no Brasil, ele já foi para o exterior disputar a PBR nos Estados Unidos, principal competição internacional de montaria de touros.
Hoje, aos 28 anos, José Vitor Leme acumula três títulos mundiais (2021, 2024 e 2025). Além dele, só há mais dois peões a alcançarem o tri: os brasileiros Adriano Moraes e Silvano Alves. Moraes, o primeiro na história a alcançar a marca, atualmente é presidente da PBR Brasil e u também esteve presente no GAFFFF para participar, ao lado de Leme e de J. J. Gottsch – CEO da Austin Gamblers, equipe da qual Leme faz parte – de um painel sobre a competição.
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“No meu caso, como primeiro campeão mundial, primeiro bi e primeiro tri, é um orgulho muito grande, porque o José Vitor Leme é meu aluno. Claro que ele não precisava de mim, eu só adiantei um pouco o trabalho”, brincou Moraes. Realizado com o desempenho precoce do pupilo, ele vislumbra um futuro repleto de prêmios e quebras de recordes a ele.
“O sonho de todo pai é ser superado por seu filho. E o sonho de todo mestre é que seu aluno o supere. Eu, como mestre, não vejo a hora de ele ganhar quatro, ganhar cinco, ganhar seis. Esse é o sonho de todo professor”, celebra.