Frigorífico localizado em Westfália, a 60 quilômetros de Montenegro, está sob análise O Ministério da Agricultura (Mapa) apreendeu, nesta quarta-feira (4/06), 18,8 mil quilos de carne de frango de um frigorífico de Westfália, no Rio Grande do Sul, por suspeita de gripe aviária. Os produtos serão inspecionados e liberados após testes laboratoriais para descartar a possibilidade de contaminação. A informação é da Folha de S. Paulo.
Initial plugin text
Segundo a reportagem, o lote de frango pertencia a um produtor do município de Teutônia, vizinho à cidade onde está localizada a cooperativa. Ambas ficam a pouco mais de 50 quilômetros de Montenegro (RS), onde foi confirmado o primeiro caso da doença, no dia 16 de maio.
Em nota, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), por meio do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), esclareceu a investigação no local começou nesta terça-feira (3/06), após investigações rotineiras do Serviço Veterinário Oficial (SVO-RS).
“As equipes do coletaram amostras no frigorífico e vistoriaram a granja, onde não foi encontrada nenhuma evidência de suspeita. O material foi encaminhado para análise laboratorial, com o objetivo de confirmar ou descartar a presença do vírus. Além disso, outra coleta, realizada em aves de subsistência em Capela de Santana, está sob investigação”, afirmou.
Saiba-mais taboola
Nesta quarta-feira (04/6), em coletiva com jornalistas, o ministro da Agricultura Carlos Fávaro já havia adiantado que as autoridades sanitárias do Rio Grande do Sul e do governo federal iniciaram investigações de um caso suspeito de gripe aviária em uma granja comercial no município de Teutônia (RS).
“Foi identificado que animais chegaram ao abatedouro com sintomas, é uma investigação em andamento”, afirmou Fávaro. No entanto, ele ressalta que não houve alto índice de mortalidade de aves no local, o que o “tranquiliza”, visto que a gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) é altamente mortal para os animais
Até o momento, não há confirmação de novo foco de gripe aviária no Estado.
O que acontece se alguém consumir frango com gripe aviária?
Até o momento, não há registro de carne de frango ou ovos contaminados sendo vendidos no mercado, o que torna improvável que consumidores tenham contato com alimentos infectados. Ainda assim, segundo o Ministério da Agricultura, o vírus da gripe aviária não sobrevive ao cozimento. Portanto, não há risco em consumir carne de frango ou ovos bem cozidos.
A recomendação é evitar o consumo de carne de frango ou ovos crus, ou mal cozidos. Quem cria aves para consumo próprio deve ter cuidado redobrado: é importante não consumir animais doentes ou que tenham morrido de forma repentina.
Initial plugin text
Se não há risco ao consumir carne de frango, por que tantos países suspenderam as importações do Brasil?
Mais de 20 destinos suspenderam a importação de carne de aves do Brasil em apenas uma semana, incluindo ao menos uma dezena de países e blocos econômicos que interromperam especificamente as compras da produção do Rio Grande do Sul.
Essa medida é preventiva e segue protocolos sanitários internacionais acordados entre o Brasil e os países importadores. Em acordos com nações como a China e integrantes da União Europeia, por exemplo, está prevista a suspensão automática das importações em caso de detecção da gripe aviária. A intenção é proteger as produções locais e impedir a entrada do vírus nos respectivos territórios.
Em 22 de maio, o Brasil iniciou a contagem de 28 dias, o período de incubação do vírus H5N1. Se nenhum novo caso for registrado neste intervalo, o país poderá se autodeclarar livre da gripe aviária e iniciar as tratativas para normalizar as exportações.
O Ministério da Agricultura está em negociação com os países para tentar reduzir o espaço dos embargos, de nacional para apenas o Rio Grande do Sul ou o raio de 10 km no entorno de Montenegro (RS), mas as tratativas serão mais contundentes após este período.
Questionado sobre o impacto destes embargos, o ministro disse que “as perdas comerciais existem”, mas acredita que o efeito “não é tão relevante assim”, uma vez que 70% da produção de carne de frango normalmente fica no mercado interno e 30% são destinados à exportação.