Milho e trigo operam em alta na primeira sessão do mês Os contratos futuros de soja começam o mês de junho em baixa, na bolsa de Chicago, acompanhando a pressão do farelo e do óleo e do desenvolvimento das lavouras nos EUA. Agora, os papéis mais negociados (para julho) recuam 0,72%, a US$ 10,2925 o bushel.
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“O mercado de óleo de soja tem operado com bastante volatilidade, mas com tendência predominantemente de queda na segunda quinzena de maio devido à demora do governo americano em definir pontos importantes da política de biocombustíveis dos EUA”, afirmou ao Valor Daniele Siqueira, analista da AgRural.
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Ainda de acordo com ela, o bom ritmo de plantio de soja nos EUA pesa negativamente nas cotações em alguns momentos. Ainda assim, Daniela ressalta que a reta final da semeadura não está totalmente tranquila para os produtores americanos, pois alguns pontos do país têm recebido chuva em excesso e registrado temperaturas baixas
“Nada que quebre a safra ainda, claro, mas é algo que tira o brilho de um plantio e início de safra que vinham muito bem”, pontuou.

Também há aumento das tensões geopolíticas com a escalada da guerra entre Rússia e Ucrânia e às relações entre China e Estados Unidos.
No mercado de milho, junho começa com alta depois da baixa de 8% no mês de maio. Os contratos para julho são cotados agora a US$ 4,4575 o bushel.
Com o ritmo acelerado no plantio da safra americana, existem poucas chances de uma reação nos preços na bolsa de longo prazo, portanto, a análise é que os preços estejam passando por uma correção técnica.
Além disso, segundo Daniele Siqueira, da AgRural, os mapas indicam previsão de chuva acima do normal em diversos pontos do cinturão produtor de grãos dos EUA nas próximas duas semanas.
“Se essas previsões se confirmarem, uma parte da área que seria plantada com milho poderá migrar para a soja ou não ser plantada. Mas não é algo generalizado. Então, eu diria que não há grandes problemas climáticos de curto prazo no radar.”
O trigo, por sua vez, começa o pregão regular de Chicago em alta de 1%, a US$ 5,6150 o bushel.