Frio intenso não atingiu áreas produtoras, aumentando a expectativa com a colheita da safra No principal exportador de café arábica do mundo, o Brasil, a colheita acontece sem a interferência do clima adverso. Esse quadro joga pressão de baixa para o grão negociado na bolsa de Nova York. Os contratos para julho fecharam em queda de 1,71%, para US$ 3,4245 a libra-peso.
+Veja mais cotações na ferramenta da Globo Rural
Segundo Leonardo Rossetti, analista de inteligência de mercado da StoneX, o primeiro fator que direcionou a queda do café foi o avanço da colheita no Brasil, especialmente do robusta, que aumenta a disponibilidade no mercado. Soma-se ao quadro baixista, o cenário climático favorável.
“Nos últimos dias, diminuíram as preocupações com o clima, que virou pauta constante no mercado. Havia o receio de que a massa polar presente no Sul pudesse afetar áreas cafeeiras no Sudeste, o que não se confirmou”, destaca Rossetti.
Como já alertado pelo analista, as variações climáticas seguirão no radar dos investidores, já que uma nova massa de ar polar deve atingir o país entre os dias 10 e 11 de junho. Mas os preços podem se manter em um canal de queda, olhando para o bom andamento da safra brasileira.
“No ano passado nós tínhamos a presença do fenômeno El Niño, que não deixou que as massas de ar frias avançassem até o Sudeste. Esse não há a presença do fenômeno, mas se não houver risco de geada, a continuidade da colheita abre espaço para o preço do café cair ainda mais”, pontua.
Cacau
Em uma sessão marcada por ajustes técnicos, os preços do cacau subiram de maneira expressiva na em Nova York. Os contratos para julho fecharam em alta de 7,18%, cotados a US$ 9.220 a tonelada. Os investidores reposicionaram suas posições após um recuo de mais de 5% na última sessão.
Açúcar
O açúcar seguiu com preços mais altos em Nova York enquanto persistem as notícias ruins sobre a produção brasileira. Os lotes para julho avançaram 0,29%, cotados a 17,05 centavos de dólar a libra-peso.
Análise da Archer Consulting destaca que há um rendimento abaixo do esperado da cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil, além da deterioração da qualidade das lavouras. Esse é um quadro que pode levar o país – maior exportador mundial de açúcar – a reduzir a disponibilidade do mercado externo.
Suco de laranja
O suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) fechou a sessão em Nova York com preços em forte alta. Os lotes para julho avançaram 3,71%, para US$ 2,8505 a libra-peso.
Algodão
Nos negócios do algodão, por sua vez, os lotes para julho tiveram alta de 0,34%, cotados a 65,06 centavos de dólar a libra-peso.