
Soja, milho e trigo operam em baixa nesta sessão A soja com prazo de entrega para julho recua 0,67% nesta sexta-feira (30/5), na abertura da sessão em Chicago. Com a desvalorização, os papéis operam a US$ 10,4475 por bushel. Segundo o relatório de vendas semanal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), durante o período de 16 de maio a 22 de maio, os americanos exportaram 209,3 mil toneladas de soja, queda de 17% em relação à semana anterior e de 45% em comparação com a média do mês, marcando o menor nível de embarques da atual temporada 2024/25.
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Esse desempenho fraco nas exportações reflete uma demanda internacional mais contida, possivelmente influenciada por fatores como a competitividade de preços da soja brasileira e as incertezas nas negociações comerciais com a China, indica o relatório. A pressão também vem das boas safras – e concorrência – da América Latina, em especial Brasil e Argentina.
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Os contratos de milho com vencimento para julho registram leves quedas, de 0,06%. As cotações estão a US$ 4,4700 por bushel e, por um lado, não mantém recuo acentuado porque o milho encontra algum suporte no bom ritmo das exportações da safra 2024/25 dos Estados Unidos e na possibilidade de que parte do cinturão produtor, especialmente na região leste, não consiga completar o programa inicial de plantio devido ao excesso de umidade nos campos. É o que analisa a consultoria Granar.
“No entanto, o avanço da colheita da safrinha no Brasil, que deve ganhar ritmo nas próximas semanas, limita maiores ganhos para os preços do cereal. A entrada da produção brasileira no circuito comercial tende a reduzir o espaço para vendas externas do milho norte-americano fora de seu principal mercado de destino, o México”, explica o boletim matinal de análise de commodities.
Para o trigo, o cenário também é de desvalorização em Chicago, de 0,37%, com cotação a US$ 5,3200 o bushel. Segundo a argentina Granar, a deterioração das lavouras de trigo de primavera no norte das Grandes Planícies dos EUA, combinada com previsões de chuvas excessivas no sul do país — onde podem atrasar a colheita das variedades de inverno — ajudam a não derrubar fortemente o preço, porém as boas perspectivas para as próximas colheitas na União Europeia e em boa parte da região do Mar Negro, que devem começar em poucas semanas.
Além disso, os estoques elevados na Austrália, tradicional exportador do hemisfério Sul, devem ampliar a oferta global na temporada 2025/26, aponta a Granar.