
Questões climáticas e tributárias afetam as cotações dos grãos A bolsa de Chicago iniciou o pregão desta quarta-feira (21/5) com altas da soja, milho e trigo. O destaque da abertura ficou com o trigo, que registrou a maior valorização do dia até o momento.
+Veja mais cotações na ferramenta da Globo Rural
Os contratos futuros para entrega em julho sobem 1,34%, negociados a US$ 5,6725 por bushel. A alta é atribuída à crescente competitividade do trigo americano, favorecida pela recente desvalorização do dólar frente ao euro.
Saiba-mais taboola
Além disso, as condições climáticas adversas na Rússia continuam preocupando o mercado. Geadas seguidas por clima seco em regiões produtoras importantes levaram à declaração de estado de emergência em três áreas agrícolas. Algumas áreas no sul da Ucrânia também foram afetadas.
Ainda é incerto o quanto isso impactará o equilíbrio da oferta global de trigo, segundo o Commerzbank, em um relatório. “Os preços de exportação russos continuam em nível baixo e, portanto, exercem pressão descendente sobre o preço do trigo europeu”, disse Carsten Fritsch, do banco, na nota.
A soja tem os contratos futuros com vencimento em julho em alta de 0,9%, cotados a US$ 10,5975 por bushel. A valorização do óleo de soja, estimulada pela possível extensão dos créditos fiscais 45Z até 2031 para produtores de combustíveis com baixo teor de carbono, como o biodiesel, contribui para o movimento altista.
Também pesam no mercado os relatos de excesso de umidade em áreas do cinturão produtor dos Estados Unidos e as dificuldades causadas pelas chuvas em zonas agrícolas da Argentina, que podem afetar tanto o volume quanto a qualidade da colheita atual, segundo avaliação da consultoria Granar.
O milho registra alta de 0,8%, com os contratos de julho cotados a US$ 4,3875 por bushel. A movimentação reflete a preocupação com o possível descumprimento das projeções iniciais de plantio nos Estados Unidos, devido à queda acumulada nos preços nas últimas cinco semanas e ao excesso de umidade em regiões do Meio-Oeste, que pode levar ao replantio de áreas, aponta a consultoria Granar.
Operadores também acompanham com atenção as negociações entre os Estados Unidos e o Japão, previstas para ocorrer até o fim do mês.