Embargo chinês vale para todo o território brasileiro, mas governo pede a aplicação da medida apenas para a região onde foi detectado o foco, em Montenegro (RS) O Ministério da Agricultura pediu para a Administração-Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês) reduzir a restrição às exportações de carne de frango do Brasil por conta do foco de gripe aviária. Em documento enviado às autoridades chinesas na segunda-feira (19/5), o país apresentou as medidas adotadas até agora para controle do vírus em Montenegro (RS), onde o caso foi detectado.
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A carta pede que a China considere a regionalização preconizada nos parâmetros da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que preveem restrição ao raio de dez quilômetros do foco. O documento não cita explicitamente o pedido para reduzir a suspensão à zona afetada, mas essa é a intenção brasileira. Há possibilidade de os chineses optarem por embargar o município ou o Estado.
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A mensagem enviada à GACC ressalta as “robustas medidas adotadas” pelo Brasil desde sexta-feira (16/5) para controlar e evitar a disseminação do vírus. O governo brasileiro pede “respeitosamente a possibilidade de uma abordagem regionalizada” para o caso da gripe aviária “em alinhamento com os princípios da OMSA”.
Nesta terça-feira (20/5), em reunião com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, confirmou que o Brasil já tem tratativas em andamento com a China para alcançar a regionalização dos impactos sobre as exportações.
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“Confiamos que a regionalização vai acontecer nos próximos dias. Se não surgir novos casos, é possível que peçamos a suspensão, inclusive no caso da China e União Europeia. Mas, passados os 28 dias de incubação do vírus contados a partir desta quarta-feira (21/5), podemos nos autodeclarar livres de gripe aviária novamente”, disse Fávaro no encontro.