Estado ocupa a quarta posição no ranking nacional de produção de aves Diante do recente caso de gripe aviária no Rio Grande do Sul, a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) decretou emergência zoossanitária preventiva para evitar qualquer risco da doença em Goiás.
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A entidade publicou o decreto neste sábado (17/5) com o objetivo de reforçar vigilância, prevenção e pronta resposta diante do cenário nacional da doença, mesmo sem qualquer registro da gripe aviária no Estado até o momento, seja em granjas comerciais ou de subsistência, assim como em aves silvestres, informou a Agrodefesa por nota oficial divulgada nesta segunda-feira (19/5).
A decisão da Agrodefesa acompanha diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que prorrogou por 180 dias, por meio da Portaria nº 784/2025, a vigência da emergência zoossanitária nacional declarada em 2023, depois da detecção do vírus da influenza aviária em matrizeiro de aves comerciais no município de Montenegro (RS).
Em agosto de 2023, o governo de Goiás tomou atitude semelhante de decretar, de forma preventiva, estado de emergência zoossanitária para gripe aviária por 180 dias. O novo decreto tem validade igual, para garantir “agilidade na mobilização de recursos e na implementação de ações imediatas em caso de eventual foco da doença no território goiano”, afirmou a Agrodefesa.
“Essa é uma medida estratégica e necessária. Goiás tem um papel relevante na avicultura nacional e precisamos proteger nossos plantéis e nossa economia com ações rápidas e coordenadas”, destacou o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.
Goiás ocupa a quarta posição no ranking nacional de produção de aves, com destaque para os polos de Itaberaí e Rio Verde — o 2º e o 6º maiores produtores do Brasil, respectivamente. O setor emprega diretamente mais de 240 mil pessoas no Estado. Em 2024, o Brasil produziu cerca de 15 milhões de toneladas de carne de frango, mantendo-se como o maior exportador mundial do produto.
“Manter Goiás livre da influenza aviária é essencial para garantir a segurança alimentar, a sanidade animal e a continuidade dos mercados internacionais, que reconhecem a qualidade e a sanidade da produção avícola brasileira. Com a decretação da situação de emergência, o Estado poderá assegurar ações mais céleres, desde a vigilância ativa até a contenção e erradicação de possíveis focos, caso surjam”, reforçou Ramos.