Ceará tem 173 crianças aptas para adoção; saiba como funciona o processo

Atualmente, 173 crianças estão aptas para adoção no Ceará, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Destas, 49 seguem em busca ativa — uma etapa em que o perfil da criança não corresponde ao que está sendo procurado por quem está na fila de adoção. Embora mais de 34 mil pessoas aguardem no país pela oportunidade de se tornarem pais adotivos, apenas cerca de 5 mil crianças estão disponíveis para adoção, revelando o abismo entre os perfis desejados e a realidade das crianças acolhidas.

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Lucineudo Machado sabe, na prática, o que essa espera significa. Em 2023, ele realizou o sonho de adotar a filha Marielle, após quase quatro anos de processo judicial. “De todos os meus filhos adotivos — um chegou com 7 anos, outro com 13, o terceiro com 16 — ela, que veio com 2 anos, foi a que mais demorou. A maior especificidade agora é entender essa primeira infância e recuperar o tempo perdido em saúde, bem-estar e desenvolvimento que ela teve na instituição de acolhimento”, relata. Hoje voluntário da ONG Acalanto, Lucineudo ajuda outras famílias que vivem a mesma jornada de espera, expectativa e transformação.

Para quem deseja adotar, o advogado Edson Gomes Júnior explica que a legalidade é fundamental: “Para que haja a formação desse vínculo da melhor maneira possível, com segurança para os pretendentes e para a criança, essa adoção deve ser feita sempre da forma legal. Aí você busca o fórum na sua cidade, colhe as informações, passa por um processo de habilitação e entra no Sistema Nacional de Adoção.” Esse processo envolve entrevistas, cursos preparatórios, vistorias e, só depois, a inclusão na fila.

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A Defensoria Pública do Ceará também cumpre papel essencial nesse processo. Segundo Noemia Landim, supervisora do Núcleo de Atendimento Jurídico da Infância e da Juventude (NAJID), a instituição atua em várias frentes: “Nós podemos explicar como fazer o cadastro, como entrar com o processo de habilitação. Acompanhamos as crianças acolhidas em Fortaleza, mantemos contato direto com as instituições e também com essas crianças. Ajuizamos as ações e acompanhamos os processos de adoção do começo ao fim.”

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