
Iniciativa é da consultoria GPTW e tem a Globo Rural como parceria na divulgação As Melhores Empresas para Trabalhar no Agronegócio foram premiadas, nesta terça-feira (13/9), em evento, em São Paulo. A iniciativa reconhece os melhores programas de gestão de pessoas e de promoção da qualidade de via no ambiente de trabalho entre companhias de diversos segmentos do agro. É uma iniciativa da consultoria Great Place to Work (GPTW) e tem a Globo Rural como parceira na divulgação.
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Entre as grandes empresas, a vencedora foi a Usina Alta Mogiana, fundada em 1983 e sediada em São Joaquim da Barra, em São Paulo. O quadro de pessoal tem 4 mil funcionários e aparece pela primeira vez no topo do ranking. Em edições anteriores, a usina já havia ficado em sexto, quarto e quinto. Foi também a primeira vez que uma represente do segmento de açúcar e etanol ficou com o primeiro lugar na categoria.
Os colaboradores destacaram o alinhamento de valores e as oportunidades de crescimento como as características que mais estimulam sua permanência na empresa. Mencionaram também o ambiente favorável ao equilíbrio entre a atividade profissional e a vida pessoal.
Representantes da Usina Alta Mogiana recebem seu prêmio
Editora Globo
Na categoria médias empresas, a melhor para trabalhar no agronegócio em 2025 é a Nutrilite, vencedora pela segunda vez seguida. Fundada em 1934 e com sede em Ubirajara (CE), é a maior produtora do mundo de acerola orgânica. Além do topo do ranking em 2024, a companhia ficou em terceiro lugar nos anos de 2020 e 2021.
A pesquisa do GPTW revelou que as oportunidades de crescimento e desenvolvimento são o principal atrativo da Nutrilite para seus funcionários. Equilíbrio entre a vida pessoa e profissional também. Dos 252 profissionais da empresa, 50% têm mais de dez anos e 10% estão há pelo menos vinte.
Representantes da Nutrilite recebem seu prêmio GPTW
Editora Globo
A melhor empresa para trabalhar no agronegócio entre as de pequeno porte é a Phytobiotics Brasil, divisão de uma multinacional alemã que atua em mais de 70 países. A operação brasileira foi fundada em 2005 e tem sede em Cambé (PR). É a primeira vez que aparece no topo da classificação. Em 2003, quando estreou na lista as dez primeiras, foi a nona. No ano passado, ficou na segunda colocação.
A premiação do GPTW é um feito a mais nas comemorações dos vinte anos de presença no mercado brasileiro. Entre os pontos positivos da empresa, os funcionários destacaram o alinhamento de valores e as oportunidades de crescimento e desenvolvimento. A possibilidade de equilibrar a atividade profissional e a vida pessoal também apareceu entre as boas práticas da companhia.
Representantes da Phytobiotics recebem o prêmio
Editora Globo
A edição de 2025 do Melhores Empresas para Trabalhar no Agronegócio contou com a participação de 263 empresas, que somam 270 mil funcionários. Só puderam concorrer ao prêmio companhias com um quadro funcional de pelo menos 30 pessoas e com CNPJ no Brasil nas áreas de agricultura, pecuária, pesca, produção florestal ou serviços no agronegócio.
Para a classificação, a Great Place to Work fez a divisão entre três categorias: grandes, médias e pequenas. A pesquisa teve duas etapas. A primeira, quantitativa, é feita com base em uma amostra mínima e uma nota de corte. Considerou critérios como número de funcionários, proporção de homens, mulheres e minorias em funções operacionais e de gestão, tempo de casa, faixa etária e grau de diversidade.
Empresas que atingirem essa nota, passaram para a segunda fase, qualitativa. Nesta etapa, os próprios funcionários avaliaram as práticas de gestão de pessoas adotadas em seu local de trabalho e os efeitos sobre sua qualidade de vida e aprimoramento profissional. A ponderação dos dois resultados deu a nota final. De todas as inscritas, 50 foram classificadas: 10 de pequeno porte, 20 médias e outras 20 de grande porte.
O estado de São Paulo é a que tem o maior número de empresas premiadas neste ano. São 20. Em seguida, aparecem Paraná e Rio Grande do Sul, com sete premiadas cada. Mato Grosso, Ceará e Goiás têm, cada um, três entre as mais bem classificadas. Bahia, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais têm duas, e Rondônia tem uma.
O evento que divulgou as Melhores Empresas para Trabalhar no Agronegócio reuniu representantes do setor e executivos das empresas concorrentes. Em pronunciamento no evento, o editor-chefe da Globo Rural e de Agronegócios do Valor Econômico Patrick Cruz, destacou que, entre percalços e conquistas, o agronegócio brasileiro está avançando, e lembrou que o setor responde por mais de 26% dos empregos gerados no Brasil.
“O importante é que o agro está avançando. E as empresas de vocês estão construindo mais do que oferta, mais do que volume. Estão construindo qualidade. É a qualidade que está fazendo a força e a riqueza das empresas”, disse.
Rodrigo Giovani, líder da GPTW para o Interior de São Paulo, que fez a apresentação dos dados da pesquisa, avalia que o principal avanço demonstrado pelas empresas foi na comunicação das lideranças com suas equipes.
“Uma gestão mais humanizada, mais abrangente, mais próxima e com uma comunicação mais assertiva, envolvendo os colaboradores”, resumiu o executivo.
Giovani destacou, no entanto, que sempre há pontos de melhoria na gestão das empresas. No caso do agronegócio, ainda há espaço para reduzir diferenças entre os diversos segmentos presentes nos quadros funcionais das organizações.
“Diminuir diferenças entre áreas, entre unidades, entre homens e mulheres, entre os diferentes gêneros. Ter essa unicidade é fundamental para ter cada vez mais sucesso”, acrescentou Giovani, destacando que o caminho para atingir esse objetivo é criar um ambiente de trabalho onde há cada vez mais confiança entre lideranças e liderados.
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Na visão da GPTW, um bom ambiente de trabalho tem funcionários que confiam nas lideranças, demonstram orgulho do que fazem e têm boas relações com os colegas. Vale para todas as pessoas, independentemente de suas funções. A “boa experiência” torna a companhia atrativa para talentos, cria uma cultura que a diferencia no mercado, resultando em crescimento e, consequentemente, em lucratividade.
Nas empresas do agronegócio premiadas entre as melhores para trabalhar, a cultura organizacional positiva aparece, principalmente no trato com as pessoas, independentemente de sua etnia, idade, orientação sexual ou gênero. Os funcionários questionados na pesquisa relataram também a boa aceitação dos produtos e serviços da empresa e a segurança para trabalhar no local.
Outros aspectos de uma boa cultura organizacional presentes estão a distribuição adequada de tarefas e a transmissão de informações por parte das lideranças das empresas. Os participantes da pesquisa mencionaram também que as empresas realizam promoções por merecimento e remuneram adequadamente. No entanto, os trabalhadores destacaram esses pontos com menor intensidade que os demais.
Ainda que, na percepção dos funcionários, as empresas do agronegócio estejam mais atentas, a diversidade ainda é um desafio na construção de ambientes positivos de trabalho no setor. Entre as classificadas como as melhores para trabalhar, os homens são 77% dos quadros funcionais. Outros 23% são de mulheres ou pessoas que se declaram não binárias.
O levantamento que serviu de base para o ranking GPTW mostra que as mulheres ganharam espaço nas companhias do setor, do ano passado para cá. Entre as premiadas, a proporção delas em cargos de alta liderança passou de 16% para 24% na comparação de 2025 com 2024. Em postos considerados de média liderança, subiu de 24% para 27% do total. Já em outras posições de liderança, caiu de 22% para 21%.
O que a pesquisa revela, no entanto, é que ocupar mais cargos de alta liderança ainda não significa, necessariamente, uma credencial para uma mulher chegar a um posto de CEO de uma empresa. Entre as melhores empresas para trabalhar no agro, a proporção de ocupantes desse cargo por executivas do sexo feminino caiu de 10% para 9% de 2024 para 2025.
“Esses dados demonstram que ainda há muitas possibilidades de inclusão das mulheres no setor de agronegócio no país”, avalia a GPTW.
A pesquisa da consultoria mostra ainda que as melhores empresas para trabalhar no agronegócio têm um ambiente mais favorável à inovação quando comparadas com as que não foram premiadas. O Índice de Velocidade da Inovação (IVR) se baseia em três níveis: atrito, quando o processo é desencorajado; funcional, quando ainda está aquém do desejado; e ‘for all’, quando oferece condições para inovar e envolve a maioria dos funcionários.
Entre as empresas premiadas em 2025, 40% estão no nível de atrito; 44% no nível funcional; e 16% no estágio ‘for all’. De qualquer forma, as melhores empresas para trabalhar no agronegócio ainda têm o que evoluir em matéria de criar e envolver seus funcionários em um ambiente inovador. Comparando com o ano passado, a proporção de empresas premiadas que estão no estágio de atrito se manteve em 40%; as funcionais subiram de 32% para 44% e as em fase ‘for all’ caíram de 28% para 16%.
Conheça as melhores empresas para trabalhar no agronegócio em 2025
Grandes empresas
Usina Alta Mogiana
Cresol
Agro Amazônia Produtod Agropecuários
Sicoob Credicitrus
Special Dog Company
Bayer Brasil
Cocal
Tereos Açúcar e Energia do Brasil
São Martinho
ICL Group
Adecoagro
ofi
Nova América Agrícola
Sylvamo
bp bioenergy
Timac Agro
3corações
SLC Agrícola
Ourofino Saúde Animal
Médias empresas
Nutrilite
Remasa Reflorestadora
Dacalda
CTC – Centro de Tecnologia Canavieira
Grupo Otávio Lage
Conceito Agrícola
iCrop
De Sangosse Agroquímica Ltda.
Moinho Globo
FS Fueling Sustainability
Harald
SLC Máquinas
Ubyfol
JCB do Brasil
Cibra
Alvorada Sistemas Agrícolaa Ltda.
Lindsay
CrediSIS JiCred
Veracel Celulose
Moinho Taquarense Ltda.
Pequenas empresas
Phytobiotics Brasil – Comércio de Produtos Agropecuários Ltda
Sementes Bonamigo
Grupo Enova Service
Olhos Verdes
Solo Sagrado Agronegócios
Grupo Cultivar
Agrivitta Insumos Agrícolas
Profigen do Brasil Ltda.
Grupo Morena
AgroPrecision