
Parte do valor irá para cooperativas e parte para pequenos produtores rurais ligados ao Movimento dos Sem Terra O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, assinou, nesta quinta-feira (8/5), em São Paulo, dois convênios no valor total de R$ 200 milhões para fomentar a produção de alimentos da agricultura familiar e objetivo de longo prazo de erradicar a fome. Um dos compromissos, de R$ 100 milhões, é voltado para as cooperativas, com metade do montante financiado pelo BNDES e a outra metade pela Fundação Banco do Brasil.
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O outro, no mesmo valor, é um edital para financiar a produção de agricultores familiares do MST, ligados à Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a outras entidades para financiar propostas relacionadas a adoção de bioinsumos, compra de maquinário, melhoramento genético de cultivares, ou mesmo para recuperação de pastagens.
O documento deve ser publicado no Diário Oficial da União (DOU) nesta sexta-feira (9/5), mas foi firmado durante a abertura da Feira Nacional pela Reforma Agrária, no Parque Água Branca, em São Paulo.
Os interessados podem enviar propostas após a publicação, mas o ministro adiantou que os projetos a serem apresentados poderão ser na faixa de R$ 2 milhões a R$ 8 milhões. Os detalhes do edital só serão divulgados nesta sexta.
Plano Safra
Quando questionado sobre o Plano Safra para a agricultura familiar, Teixeira voltou a falar que espera que o governo consiga entregar um valor semelhante as dos últimos dois anos, entre R$ 63 bilhões a R$ 76 bilhões, via Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
“Nossa esperança é que baixe os juros para aumentar o valor dos recursos do Plano Safra”, disse em coletiva de imprensa, sem entrar em detalhes.
Teixeira voltou a comentar que o Congresso Nacional precisa rever a distribuição dos recursos públicos para a produção familiar de pequenos agricultores e da agricultura familiar para controlar a inflação dos alimentos.