Uma pesquisa realizada pelo Instituto Quaest revela que 70% dos deputados federais, na Câmara dos Deputados, são contrários ao fim da escala 6×1, regime de trabalho em que o empregado trabalha seis dias consecutivos e folga apenas um. A proposta de acabar com esse tipo de regime de trabalho foi apresentada pela deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) e tramita no Congresso.
O levantamento ouviu 203 parlamentares, o equivalente a 40% da Câmara dos Deputados, entre 7 de maio e 30 de junho de 2025, com margem de erro de 4,5 pontos percentuais. A rejeição ao fim da escala 6×1 é mais intensa entre os deputados da oposição, onde 92% são contrários à proposta. Entre os independentes, 74% rejeitam a medida, enquanto entre os governistas o índice é de 55%.
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Por outro lado, o apoio ao fim da escala é maior entre os governistas, com 44% favoráveis, caindo para 23% entre os independentes e apenas 6% na oposição. A pauta, que ganhou força com a mobilização de movimentos sociais, enfrenta resistência significativa no Congresso, sendo ela uma das propostas menos populares entre os parlamentares, conforme indica o levantamento da Quaest.
A proposta apresentada por Erika Hilton visa estabelecer uma jornada máxima de 36 horas semanais distribuídas em quatro dias. No entanto, segundo defensores da proposta e a própria propositora, o texto tem o objetivo de dar margem de negociação na casa legislativa, na esperança de efetivar uma semana de cinco dias de trabalho.
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Além da escala 6×1, a pesquisa também avaliou outras pautas em debate no Congresso. Entre as mais apoiadas pelos deputados estão a elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda (88%) e a exploração do petróleo na foz do Amazonas (83%). Já entre as mais rejeitadas, além do fim da escala 6×1, estão a exclusão das verbas do Judiciário do limite de gastos (70%) e o projeto que limita os supersalários no serviço público (53%).
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